segunda-feira, 1 de março de 2010

Testemunho de vida de Rui Ribeiro


Desde a minha infância que o mundo espiritual me é conhecido. Mesmo desde a altura do meu nascimento que os ataques espirituais eram constantes. Os meus pais e eu sofríamos bruxarias por parte de pessoas que sentiam inveja de nós e as lutas eram constantes. Muitas vezes eu tinha ataques em que começava a berrar, a correr pela casa e a bater com a cabeça na parede e portas sem me controlar. Era um acontecimento assustador que deixava os meus pais aterrorizados e a única pessoa que me controlava era o meu pai. Sempre que um ataque ocorria ele abraçava-me e começava a rezar, a pedir a Deus para que aquilo terminasse e nesse momento o ataque começava a extinguir-se e eu conseguia-me acalmar. Ficava completamente assustado e com o coração a bater imenso.
Com o passar dos anos fui-me tornando espiritualmente mais maduro e os ataques iam sendo menos repetitivos. Havia alturas durante os treinos de natação que até me sentia envergonhado porque começava a berrar dentro de água e a chamar nomes aleatoriamente como se estivesse a insultar alguém, e as pessoas assustavam-se com o que estava a acontecer. Isso sempre viveu comigo.
Num certo dia de Verão de 2007 conheci uma rapariga por quem me apaixonei de imediato. Ela vivia numa aldeia perto de Bragança. Um dia antes de me ir embora, dessa mesma aldeia, começamos a namorar e, como todos os miúdos de 17 anos pensam, combinamos em nos amar para sempre. Confiei nela como nunca confiara em ninguém e sempre fiz tudo por ela, quase mudava a minha vida, ia deixar a natação, a minha casa para viver para a beira dela. Mas ao fim de um ano ela acabou comigo sem razão alguma e durante três dias implorei-lhe que me dissesse o motivo da separação e ela contou-me que me contou com outra pessoa. Isso deixou-me completamente de rastos mas o pior ainda estava por vir pois descobri que ela me enganava desde os inícios do nosso namoro. Os meus pais apostaram imenso na nossa relação, davam-me imenso dinheiro para ir ter com ela e ficar lá uns dias e estavam sempre dispostos a fazer tudo por nós. Nem imaginam a dor que eles sentiram quando descobriram o sucedido. Esta traição foi como uma faca cravada no meu coração e a minha raiva e dor foi crescendo.
Então decidi pegar nessa raiva e dor e transforma-las em força para a natação. Comecei a treinar bem, com uma enorme garra e comecei a ter bons tempos. Foi a melhor forma de esquecer o sucedido. Esqueci os estudos e dediquei-me somente à natação. Mas num determinado treino mal mergulhei para começar a nadar comecei a chorar. Não me conseguia conter e chorava cada vez mais, sem razão aparente. Foi então que essa força se tornou em tristeza. Semana após semana deixei de conseguir treinar e acabei por desistir. Entrei numa enorme depressão e nem um psicólogo me conseguiu animar.
Passado pouco tempo comecei a envolver-me na música. Era algo que adorava fazer, sempre adorei tocar guitarra e cantar, e fiz da música um estado de espírito libertador. Passava para as letras de música tudo o que sentia e isso aliviava-me. Mas o tipo de música começou a evoluir para um mundo negro. Comecei a ouvir Death Metal e música satânica. Toda a raiva explodia em berros e melodias brutas.
Um certo dia, eu e um amigo meu, fizemos uma música intitulada “Tacking God’s Place” onde falava da minha vontade de me suicidar e de Deus se colocar à minha frente e me dar duas opções: “Se te matares não vou ser teu amigo, mas se não te matares eu te perdoarei”. Mais à frente a música diz que eu escolho não me matar mas aproveito a amizade de Deus para tomar o Seu lugar. Era esse o objectivo de satanás e foi isso que ele me mandou escrever. Mas ingenuamente achei que aquilo não tinha valor nenhum, que era apenas uma música. Mas era uma mensagem do mal e, ao mostra-la à minha sobrinha ela me convidou para ir para a Quinta da Paz. Ao qual aceitei pois pensava que era apenas um acampamento e que o que ela dizia de ser para converter pessoas não me incomodou. “5€? Bora!”
A confirmação de que o mal andava comigo veio uma semana antes da Quinta. Embebedei-me e no regresso a casa tive um ataque enorme. Comecei a bater nas janelas do carro, no tejadilho e a berrar. Quem estava comigo no carro assustou-se muito e a que estava a conduzir pôs a mão no meu ombro e começou a orar por mim e de imediato me acalmei. Mal me acalmei comecei a chorar e a lembrar-me do que se tinha passado na minha vida e decidi ir sem qualquer dúvidas ir para a Quinta pois eu precisava de Salvação.
Mal cheguei à Quinta fui recebido de braços abertos por todos e vi uma enorme alegria nos rostos de cada um. Nesse mesmo dia o Jan deu-nos cinco versículos para decorarmos e houve um que me chamou muito à atenção: “ Se perdoarem aos outros as suas ofensas também o Pai Celestial nos perdoará mas se não perdoarmos aos outros também o Pai Celestial não nos perdoará.” Mateus 6. 14-15.
Na Terça-feira de manhã, dessa semana, foi o culto mais espiritual de todos e foi onde conheci o amor de Deus por nós. Enquanto se cantava os louvores eu comecei a chorar e não conseguia parar até que ouvi uma voz me dizendo “ Ajoelha-te”. Mas nessa altura não liguei. Mas logo de seguida ouvi outra vez a mesma coisa e aí então me ajoelhei. Nessa mesma altura, instantaneamente, senti um arrepio enorme por mim acima e chorei ainda mais. Foi uma enorme sensação de alívio mesmo. Mas Deus pediu-me algo nesse instante. Pediu-me que perdoasse a minha ex-namorada e eu perdoei-a. Aquando disso, todo o peso que tinha nos meus ombros desapareceu.
Foi nessa Terça-feira que a minha vida mudou e agradeço, todos os dias, a Deus por me ter salvo, por me ter dado uma oportunidade de viver. E é por isso que agora vivo para Ele e faço a Sua vontade. A Sua obra será a minha vida e tudo farei para ajudar os outros na mesma situação.
Busca a Deus. Não há nada melhor que viver para Ele. Agora tenho a felicidade que sempre desejei. Faço música para O louvar e engrandecer o Seu nome. Se o teu desejo é ser feliz, serve-O e tudo te será dado.